“O Sem-Pernas convidou a todos para irem ver o carrossel na outra noite, quando o acabariam de armar. E saiu para encontrar Nhozinho França. Naquele momento todos os pequenos corações que pulsavam no trapiche invejaram a suprema felicidade do Sem-Pernas. Até mesmo Pirulito, que tinha quadros de santos na sua parede, até mesmo João Grande, que nessa noite iria com o Querido-de-Deus ao candomblé de Procópio, no Matutu, até mesmo o Professor, que lia livros, e quem sabe se também Pedro Bala, que nunca tivera inveja de nenhum porque era o chefe de todos?”
(Jorge Amado, Capitães da Areia)
Apesar de Os Capitães Da Areia viverem como homens, praticar crimes e estupros, no fundo ainda eram crianças, crianças com infância roubada, sem nenhum direito, sem nada, sem alternativa para serem bons.
Jéssica Faria
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